NOTA BIOGRˆWFICA DE LUIS GONZAGA GOMES

Luˆqs Gonzaga Gomes nasceu em Macau, a 11 de Julho de 1907, e faleceu em 20 de Marco de 1976.

O pai de Luˆqs Gonzaga Gomes, Joaquim Francisco Xavier Gomes, foi professor primˆhrio e Director da Escola Central do Sexo Masculino. A sua mae, Sara Carolina da Encarnacao, foi tambˆmm professora primˆhria e Directora da Escola Central do Sexo Feminino.

Pessoas de gosto requintado e intelectualmente refinadas, o casal Gomes constituˆqa uma famˆqlia com algum prestˆqgio na ˆmpoca, permitindo o desenvolvimento de um ambiente culto, onde se cultivava o gosto pela mˆysica e pela arte, interessando-se tambˆmm por artigos de mobiliˆhrio e pecas de porcelana chinesas.

Apˆus a conclusao do curso primˆhrio, com o apoio dos pais, Luˆqs Gonzaga Gomes ingressou no Liceu de Macau e concluiu o 7o ano com bons resultados. Tirou por correspondˆ§ncia os cursos de Teoria Musical, Solfejo e Histˆuria da Mˆysica, da Escola Universal de Paris.

Durante este longo perˆqodo de formacao intelectual, cientˆqfica e cˆqvica, a sua personalidade foi influenciada por alguns bons professores, tornando-se numa pessoa erudita e simpˆhtica. Participou com entusiasmo em muitas actividades sociais e culturais. Luˆqs Gonzaga Gomes seguia um antigo e nobre provˆmrbio chinˆ§s: ¡§Servir sem recompensa¡¨, ou seja, prestar servico ˆj comunidade nao tirando proveito pessoal do seu estatuto profissional.

Luˆqs Gonzaga Gomes foi sinˆulogo, escritor e historiador. Profundamente influenciado pelo ambiente familiar, decidiu dedicar-se ˆj funcao de professor e, durante vinte anos, trabalhou no ensino, na investigacao, na traducao, na escrita, etc., divulgando a lˆqngua chinesa aos portugueses.

 

Foi ainda jornalista, colaborador da Redaccao da Revista ¡§Renascimento¡¨, tambˆmm Director da Escola Primˆhria Oficial ¡§Pedro Nolasco da Silva¡¨, Secretˆhrio da Comissao da Elaboracao do Regulamento do Curso de Lˆqngua Chinesa do Liceu Nacional Infante D. Henrique, Inspector Substituto do Ensino Primˆhrio, Vice-Presidente da Comissao Administrativa do Leal Senado da Camara, Director da Biblioteca Nacional de Macau, Director do Boletim do Instituto Luˆqs de Camoes, Conservador do Museu Luˆqs de Camoes, Professor do Curso de Lˆqngua Chinesa na Direccao dos Correios, Telˆmgrafos e Telefones de Macau.

Luˆqs Gonzaga Gomes foi um mˆysico afamado, tendo dirigido o Cˆqrculo de Cultura Musical e tambˆmm ocupou o lugar de Director da Emissora de Radiodifusao de Macau. Deu um grande contributo para a difusao do ensino e da cultura artˆqstica de Macau, principalmente no ambito do intercambio cultural luso-chinˆ§s.

DIVULGACAO DA CULTURA CHINESA ATRAVˆ[S DO ENSINO

Luˆqs Gonzaga Gomes ˆm considerado uma personagem importante no processo de divulgacao da cultura chinesa e portuguesa.

Em primeiro lugar, no que se refere ˆjs actividades ligadas ao ensino, uma vez que na escola propriamente dita ou na criatividade das suas obras ou na sua participacao nos eventos sociais, estˆh sempre reflectida a sua personalidade de docente.
Foi um docente com enormes qualidades, ou seja, uma pessoa com grandes conhecimentos, com muita delicadeza e foi, tambˆmm, um ¡§engenheiro¡§, isto ˆm, um formador do espˆqrito humano, ensinando e educando de uma forma imparcial e nunca com uma atitude conservadora. Ele prˆuprio foi um bom exemplo e, no seu percurso como professor, desenvolveu boas estratˆmgias de ensino. Era muito competente, simpˆhtico e acessˆqvel.

Por um lado, trabalhou muito para descobrir a posicao de Macau no mundo chinˆ§s e, por outro lado, esforcava-se por conhecer a outra parte do mundo, explorando uma ˆhrea que envolve a cultura e os conhecimentos humanos. Isto criou conflitos e desentendimentos.

Considerava que a sua missao era desenvolver a mˆytua compreensao entre os residentes de Macau e os portugueses do Continente, levando a que se apercebessem de afinidades existentes entre eles, mas, o mais importante, era encorajar as pessoas a desvendarem seriamente a cultura e a civilizacao chinesa.
Parece que ocorreu o inverso, por um lado, os ocidentais tinham uma mentalidade colonizadora e, assim, afastaram-se do raciocˆqnio real, produzindo alguns desentendimentos, sendo estas suspeitas transmitidas de geracao em geracao, dificultando a compreensao mˆytua.

ˆ[ sabido que o trabalho de Luˆqs Gonzaga Gomes ˆm muito importante. Nao tinha preconceitos relacionados com aspectos psicolˆugicos, sociais, polˆqticos e raciais. Investigou e analisou lendas, costumes, tradicoes, comportamentos, personagens e factos histˆuricos, por isso criou um modelo/estilo de expressao prˆuprio. Pos em prˆhtica e desenvolveu o entendimento entre vˆhrias associacoes locais. Alˆmm disso, possuˆqa uma competˆ§ncia extraordinˆhria nas Letras.

Sem dˆyvida, a traducao exige um esforco intelectual importante. Atravˆms dela, Luˆqs Gonzaga Gomes divulgou a cultura chinesa, criando uma estrutura equilibrada de sistemas de aprendizagem e desenvolvendo o desejo de compreensao da cultura chinesa. Ao mesmo tempo, criou uma base de conhecimentos sobre Macau, satisfazendo as diferentes necessidades de modo a que cada parte pudesse colher benefˆqcios. Obviamente, que se tratava de uma medida de compensacao, porque Macau era um caso especial, era um Territˆurio sob administracao portuguesa, uma vez que, a partir da implantacao da Repˆyblica Popular da China, nao houve relacoes diplomˆhticas entre os dois paˆqses. O problema de Macau era um problema legado pela Histˆuria. A obra de Luˆqs Gonzaga Gomes contribuiu para criar os elos de ligacao entre ambos os paˆqses, aprofundando as condicoes que conduziram ˆj consolidacao de um acordo ¡V acordo de Macau.

Sem a explicacao e os comentˆhrios abalizados de Luˆqs Gonzaga Gomes, a maioria da comunidade portuguesa nao teria conseguido compreender alguns costumes chineses de Macau. Pela edicao dos seus dicionˆhrios, concluˆqmos que Luˆqs Gonzaga Gomes se dedicou muito ˆj aprendizagem da sinologia (¡§Vocabulˆhrio Cantonense-Portuguˆ§s¡¨, ¡§Vocabulˆhrio Portuguˆ§s-Cantonense¡¨ e ¡§Vocabulˆhrio Portuguˆ§s-Inglˆ§s-Cantonense¡¨). Estes dicionˆhrios permitiram aos alunos satisfazer as suas necessidades do dia-a-dia. Se nao compreendermos as duas lˆqnguas ¡V portuguˆ§s e chinˆ§s, como ˆm que poderemos entender a pluralidade das culturas existentes em Macau?

A obra de Luˆqs Gonzaga Gomes foi considerada um ponto de viragem, baseado no conhecimento, descobrindo maneiras de relatar os factos histˆuricos que reflectiam diferentes aspectos da realidade.

Qual foi a influˆ§ncia que o seu trabalho de divulgacao da cultura chinesa deixou nos estudos sˆqnicos em Portugal e na cultura portuguesa? A sua influˆ§ncia abrange trˆ§s aspectos. Em primeiro lugar, baseia-se indubitavelmente na riqueza cultural, diversificando a histˆuria do ensino da lˆqngua portuguesa e promovendo vˆhrias linhas de raciocˆqnio, conceitos e investigacao comparada. Alˆmm disso, manteve o interesse pelos estudos sˆqnicos, promovendo a investigacao; por fim, atraiu muitos leitores, cultivando o gosto e o desejo de aprenderem. Ninguˆmm, como ele, divulgou, com tanta naturalidade, a cultura chinesa nos trabalhos de investigacao sobre a histˆuria das relacoes luso-chinesas.

 

DIVULGACAO DA CULTURA CHINESA ATRAVˆ[S DO ENSINO

VIDA E OBRA DE LUIS GONZAGA GOMES

Ainda estudante, apenas com 14 anos de idade, em colaboracao com os seus colegas, publicou o primeiro jornal dos alunos do Liceu de Macau, com o tˆqtulo ¡§A Academia¡¨. A primeira edicao do jornal foi lancada em 5 de Outubro de 1920. Escreveu ainda um artigo sobre o cientista e polˆqtico americano, Benjamin Franklin, e, desde entao, comecou a sua vida de escritor.

Apˆus a conclusao do curso secundˆhrio, deu continuidade aos seus estudos na lˆqngua chinesa. Depois foi nomeado para desempenhar importantes cargos pˆyblicos, em organismos oficiais. Pelo bom desempenho das funcoes para que foi nomeado, em pouco tempo foi promovido a Tradutor-Intˆmrprete Principal.

 

Foi Director da Escola Primˆhria Oficial ¡§Pedro Nolasco da Silva¡¨ e Inspector Substituto do Ensino Primˆhrio. Em 1951, o governador Albano de Oliveira atribuiu-lhe um louvor pelo seu empenho e dedicacao ao trabalho como professor da Escola Primˆhria. Trabalhou com muita diligˆ§ncia e, ao longo das muitas funcoes que lhe foram atribuˆqdas, revelou uma extraordinˆhria e muito lˆycida inteligˆ§ncia. Alˆmm disso, publicou ainda vˆhrios artigos sobre as questoes da China, mostrando nao sˆu que podia desempenhar bem as suas funcoes, mas tambˆmm que era uma pessoa muito erudita na sua ˆhrea de investigacao, contribuindo assim para estabelecer uma plataforma de diˆhlogo entre a China e Portugal.

Todas as obras de Luˆqs Gonzaga Gomes revelam-no como uma pessoa muito honesta, erudita, cuidadosa e como escritor prolˆqfico. O padre Manuel Teixeira diz que ¡§Gonzaga Gomes ˆm o melhor historiador dos 400 anos da histˆuria de Macau, tendo publicado muitos artigos acerca deste perˆqodo de quatro sˆmculos, mas foi sempre muito humilde e se escondia no pˆu dos arquivos, sendo raro vˆ§-lo em qualquer festa ou divertimento. Foi um anacoreta.¡¨

Os portugueses que se estabeleceram em Macau consideram-no como sˆqmbolo da comunidade portuguesa de Macau. Como disse Carlos Marreiros, na ocasiao da homenagem prestada a Luˆqs Gonzaga Gomes, ¡§morava numa casa sita na Calcada do Monte com um pequeno jardim. Era uma pessoa simpˆhtica, pouco faladora, dando valor ao tempo. Tocava vˆhrios instrumentos, era o responsˆhvel principal do Cˆqrculo de Cultura Musical e convidou uma Orquestra afamada para actuar em Macau. Alˆmm de ensinar no ensino secundˆhrio, tambˆmm foi excelente investigador da geografia de Macau. As vˆhrias actividades em que estava envolvido, ocupavam muito, sem tempo para trivialidades. ˆ[ pena que o seu valor nunca tenha sido reconhecido no campo da literatura portuguesa.¡¨

Edith Silva, aluna de Gonzaga Gomes, tambˆmm fez uma referˆ§ncia relativamente a ele: ¡§o professor que me inspirou muito foi Gonzaga Gomes. Ele era o meu professor de Inglˆ§s no quinto ano. Encorajou-me para estudar Chinˆ§s. Dizia: todos nˆus sabemos falar Chinˆ§s, mas nao sabemos ler nem escrever, somos analfabetos. Ele tinha toda a razao. As suas palavras estimularam-me profundamente e, por conseguinte, decidi aprender Chinˆ§s. Embora tenhamos recebido uma educacao de tipo portuguˆ§s, tambˆmm nos corre sangue chinˆ§s no corpo.¡¨

Edith Silva, que fez parte de um grupo de doze alunos do curso de Chinˆ§s, mais disse de Gonzaga Gomes: ¡§Nˆus aprendemos a ouvir, a escrever, a traduzir e participamos em vˆhrias actividades na sala de aula. Neste processo de aprendizagem, alguns colegas, em face de muitas dificuldades, desistiram do curso. Como o Chinˆ§s nao era uma disciplina obrigatˆuria, eu tambˆmm pensei em desistir. O meu pai era muito amigo de Gonzaga Gomes, que me encorajou a continuar a estudar. Felizmente, eu insisti e fui a ˆynica aluna que terminou o curso de Chinˆ§s ao fim de 3 anos. Por conseguinte, posso utilizar sempre o Chinˆ§s.¡¨

Luˆqs Gonzaga Gomes foi o responsˆhvel da Biblioteca Nacional, situada no edifˆqcio do Leal Senado, tendo dedicado muito esforco na salvaguarda de documentos oficiais e de todas as edicoes do jornal ¡§Abelha da China¡¨, primeiro jornal publicado na China em lˆqngua estrangeira e fundado em 1822, que ˆm ainda hoje parte integrante do espˆulio da Biblioteca Nacional.

Em 1964, o recheio da Biblioteca dos Assuntos Sˆqnicos foi incorporado no fundo da Biblioteca Nacional de Macau, valorizando ainda mais o espˆulio desta.
No seu relatˆurio, referente ao ano de 1965, Luˆqs Gonzaga Gomes alertou as autoridades competentes para a necessidade de ser construˆqdo um outro edifˆqcio, maior, para a Biblioteca Nacional, por falta de espaco disponˆqvel na mesma. O edifˆqcio escolhido para as novas instalacoes da Biblioteca foi o actualmente ocupado pelo Centro de Saˆyde, sito na Av. do Conselheiro Ferreira de Almeida e, onde na dˆmcada de 20 do sˆmculo XX, funcionou o Liceu de Macau, mas, infelizmente, nao conseguiu realizar esse seu sonho atˆm ˆj morte. Em Dezembro de 1966, foi aprovado o projecto de mudanca das instalacoes da Biblioteca Nacional, mas, devido aos acontecimentos de ¡§12.3¡¨ e ao perigo de continuarem a ser danificados documentos, o mesmo foi suspenso pelas autoridades. Somente em 1983, a Biblioteca Nacional foi transferida para as actuais instalacoes, sitas na Av. do Conselheiro Ferreira de Almeida.

Como agradecimento pelo contributo prestado por Luˆqs Gonzaga Gomes, o Governo de Macau atribuiu o nome de Luˆqs Gonzaga Gomes a uma Escola Secundˆhria Luso-Chinesa, bem como a uma rua situada no Porto Exterior.

 

Bibliografia de Luˆqs Gonzaga Gomes

»y¨¥ Lˆqnguas

¡m¸f¸²Ãã¨å¡n¡A 1 9 4 1 ¦~ ¡§Vocabulˆhrio Cantonense-Portuguˆ§s¡¨, 1941

¡m¸²¸fÃã¨å¡n¡A 1 9 4 2 ¦~ ¡§Vocabulˆhrio Portuguˆ§s-Cantonense¡¨, 1942

¡m¤d¦r¤å¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§O estudo de mil caracteres¡¨, 1944

¡mÃö©ó¡§ ¹D¡¨ ¡n¡A 1 9 5 1 ¦~ ¡§Em torno do vocˆhbulo Tou¡¨, 1951

¡m¤¤°ê®æ¨¥¡n¡A 1 9 5 3 ¦~ ¡§Citacoes chinesas¡¨, 1953

¡m¸²­^¸fÃã¨å¡n¡A 1 9 5 4 ¦~ ¡§Vocabulˆhrio Portuguˆ§s-Inglˆ§s-Cantonense¡¨, 1954

¡mº~»y°ò¦ª¾ÃÑ¡n¡A 1 9 5 8 ¦~ ¡§Nocoes elementares da lˆqngua chinesa¡¨, 1958

¸²Ä¶ Traducoes para a lˆqngua portuguesa

¡m¾Ç¥Í«C¦~¸Öºq¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§Versos para a juventude escolar¡¨, 1944

¡m§µ¸g¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§O clˆhssico da piedade filial¡¨, 1944

¡m¤T¦r¸g¡n¡A 1 9 4 4 ¦~¡] ²Ä¤Gª©¡A 1 9 9 7 ¦~¡^ ¡§O clˆhssico trimˆmtrico¡¨, 1944 (2a edicao, 1997)

¡m¥|®Ñ¡G ½×»y¡A ¤j¾Ç¡A ¤¤±e¡A ©s¤l¡n¡A 1 9 4 5 ¦~ ¡§As quatro obras: Discursos e Diˆhlogos, Suprema Educacao, Meio Constante e Mˆ§ncio¡¨, 1945

¡m¿Dªù°O²¤¡n¡A 1 9 5 0 ¦~¡] ²Ä¤Gª©¡A 1 9 7 9 ¦~¡^ ¡§Monografia de Macau¡¨, 1950 (2a edicao, 1997)

¡m¦Ñ¤l¹D¼w¸g¡n¡A 1 9 5 2 ¦~¡] ²Ä¤Gª©¡A 1 9 9 5 ¦~¡^ ¡§O livro da via e da virtude de Lˆhucio¡¨, 1952

´¿¼w¬L¡m¤j¤¤°ê»x¡n¡A 1 9 5 6 ¦~¡] ²Ä¤Gª©¡A 1 9 9 4 ¦~¡^¡¨Relacao da Grande Monarquia da China¡¨, do padre ˆWlvaro Semedo, 1956 (2a edicao, 1994)

¦w¤å«ä¡m¤¤°ê·s»x¡n¡A 1 9 5 7 ¦~¡] ²Ä¤Gª©¡A 1 9 9 7 ¦~¡^¡¨Nova Relacao da China¡¨, do padre Gabriel de Magalhaes, 1957 (2a edicao, 1997)

¨F©Ô¤ñ¨È¡]Eduardo Sarabia¡^¡mº~¦rªº°_·½¡n¡A 1 97 5¦~ ¡§El origem de la escritura China¡¨, 1975

 

º~Ķ Traducoes para a lˆqngua chinesa

¶Oº¸«n¦h¡E¨Ø¯Áªü¡]Fernando Pessoa¡^¡m¨Ï©R¡E ±Ò¥Ü¡n¡A 1 959¦~ ¡§Mensagem¡¨ Fernando Pessoa, 1959

¬ù¿«¡E ¤Ú¸ô¤h¡]Joa o de Barros¡^¡m¸²°ê»îÄÀ¸q¡n¡A 1 97 2¦~ ¡§Os Lusˆqadas contados ˆjs criancas¡¨ de Joao de Barros, 1972

º~»yµÛ§@ Obras em lˆqngua chinesa

¡m¸²°ê¥v²¤¡n¡A 1 9 5 5 ¦~ ¡§Histˆuria de Portugal¡¨, 1955

 

¥D½sµÛ§@¤Î«e¨¥ Monografias

¤å²Ä¤h¡m¤å¶°¡n¡A 4 ¨÷¡A 1 9 4 9 ¦~ ¡§Colectanea de artigos¡¨ de Manuel da Silva Mendes, em 4 volumes,1949

¤å²Ä¤h¡m·s¤å¶°¡n¡A 3¨÷¡A 1 9 6 3 ¡Ð 1 9 6 4 ¦~ ¡§Colectanea de artigos¡¨ de Manuel da Silva Mendes, em 3 volumes, 1963¡Ð1964

 

¤¤°ê¤å¤Æ¬ã¨s Trabalhos sobre a cultura chinesa

¡m¤¤°ê¾ä®Ñ¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§O almanaque chinˆ§s¡¨, 1943

¡m¤¤¬î¸`¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§A festividade do Outono¡¨, 1943

¡m¤¤°ê¤é¾ä¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§O calendˆhrio chinˆ§s¡¨, 1943

¡m«´¤¦¤»¤Q¥Ò¤l¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§Os ciclos sexagenˆhrios de Catˆhi¡¨, 1943

¡m¤¤°ê¶c»D¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§Curiosidades chinesas¡¨ , 1943

¡m½}ª¬¤¸¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§A desautoracao dum Tchong-Un¡¨, 1943

¡m­·¤ô¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§A Geomancia¡¨, 1943

¡m¤¤°êªZ³N¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§A luta chinesa¡¨, 1943

¡m¤¤°ê³Ã¨ã¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§O mobiliˆhrio chinˆ§s¡¨, 1943

¡m¤¤°ê«C»É¾¹¦WºÙ¤Î¨ä¸Ë¹¢¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§Nomenclatura dos bronzes chineses e seus ornatos¡¨, 1943

¡m¤¤°êµ·º÷¤Î¨ë¸¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§A seda e os bordados chineses¡¨, 1943

¡m¤¤°ê¤é¾ä¤¤ªº¤Hª«¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§Patronos do calendˆhrio chinˆ§s¡¨, 1944

¡m¤¤°ê¹CÀ¸¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§Jogos chineses¡¨, 1944

¡m¤¤°ê«Ø¿v¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§Construcoes arquitectˆunicas chinesas¡¨, 1944

¡m¤¤°êÀJ¶ì¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§A escultura chinesa¡¨, 1944

¡m¤¤°ê¤¸¥¹¸`¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§A festividade do ano novo chinˆ§s¡¨, 1944

¡m¤¸¥¹¸`¼y¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§Festas do ano chinˆ§s¡¨, 1944

¡mÀs¦à¸`¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§A festividade do Barco-Dragao¡¨, 1944

¡m°­¸`¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§A festividade dos espˆqritos erradios¡¨, 1944

¡m¥ß¬K¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§A festividade do inˆqcio da Primavera¡¨, 1944

¡m¿O¸`¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§A festividade das lanternas¡¨, 1944

¡m²M©ú¸`¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§A festividade de pura claridade¡¨, 1944

¡m¤¤°êøµeªºµo®i¡n¡A 1 9 4 4 ¦~ ¡§Evolucao da pintura chinesa¡¨, 1944

¡m¤¤°ê¸`¤é¡n¡A 1 9 4 4 ¦~¡] ²Ä¤Gª©¡A 1 9 5 3 ¦~¡^¡¨Festividades Chinesas¡¨, 1944, (2a edicao, 1953)

¡m´º¼wÂí²¡¾¹¡n¡A 1 9 4 5 ¦~ ¡§A porcelana de Keong-Tˆhk-Tchan¡¨, 1945

¡m¤¤°ê¸Ë¹¢¹Ï®×ªº¶H¼x¡n¡A 1 9 4 5 ¦~ ¡§Sˆqmbolos empregados nos motivos decorativos chineses¡¨, 1945

¡m¤¤°êªº¦¬¾i¨î«×¡n¡A 1 9 4 5 ¦~ ¡§O sistema de adopcao na China¡¨, 1945

¡mªF²ð¿¤ªº»Û¶¯¸ô¡n¡A 1 9 4 5 ¦~ ¡§As estradas feminina e masculina do distrito de Tong-kun¡¨, 1945

¡m²H¤ô¼q±ù¾ðªº©_»D¡n¡A 1 9 4 5 ¦~ ¡§A estranha histˆuria da pereira do nicho de Tˆhm-Soi¡¨, 1945

¡m½¬·Ë¼q¡n¡A 1 9 4 7 ¦~ ¡§O templo de Lin-Kˆhi¡¨, 1947

¡m¤H¤O¨®ªºÃã·½¡n¡A 1 9 4 7 ¦~ ¡§O termo Riquexˆu¡¨, 1947

¡m¤¤°ê¦ò±Ð¡n¡A 1 9 4 7 ¦~ ¡§O budismo na China¡¨, 1947

¡m¤¤µØ¥Á°ê¡n¡A 1 9 4 8 ¡§A Repˆyblica Chinesa¡¨, 1948

¡m¤j¦Ì¡n¡A 1 9 4 9 ¦~ ¡§O arroz¡¨, 1949

¡m¯ù¤å¤Æ»P¯ù¶T©ö¡n¡A 1 9 4 9 ¦~ ¡§A cultura e o comˆmrcio do chˆh¡¨, 1949

¡m¤¤°êµu½g¤p»¡¡n¡A 1 9 5 0 ¦~ ¡§Contos Chineses¡¨, 1950

¡m½¬ªá¡n¡A 1 9 5 0 ¦~ ¡§O loto¡¨, 1950

¡m¿Dªù¤¤°ê¶Ç»¡¡n¡A 1 9 5 1 ¦~ ¡§Lendas Chinesas de Macau¡¨, 1951

¡mµØ­·°êºé¡n¡A 1 9 5 2 ¦~¡] ²Ä¤Gª©¡A 1 9 8 6 ¦~¡^ ¡§Chinesices¡¨, 1952 (2a edicao, 1986)

¡m¤¤°êÃÀ³N¡n¡A 1 9 5 4 ¦~ ¡§Arte Chinesa¡¨, 1954

¡m¹p¤½ÅF¡G ·í¾Q¡n¡A 1 9 8 3 ¦~ ¡§Casas de penhor¡¨, 1983

¿Dªù¾ú¥v¤å¤Æ¬ã¨s Investigacao da cultura e histˆuria de Macau

¡mµÛ¦Wµe®a§dº®¤s¡n¡A 1 9 4 3 ¦~ ¡§O famoso pintor Ng U Shan¡¨, 1943

¡m¬°¤H¿ò§Ñªº¦b¤¤°êªu®üÂíÀ£®üµs¤@­¶¡n¡A 1 9 4 5 ¦~ ¡§Um esquecido episˆudio de repressao da pirataria nos mares da China¡¨, 1945

¡m¥j¥N¿Dªù¶c»D¡A 2 ¨÷¡C¡n¡A 1 9 4 5 ¦~¤Î1 9 5 2 ¦~ ¡§Curiosidades de Macau antiga, 2 volumes¡¨, 1945 e 1952

¡m¿Dªùªº¯¥¥M¤u·~¡n¡A 1 9 4 9 ¦~ ¡§A indˆystria de panchoes em Macau¡¨, 1949

¡m¿Dªù¤Î¤¤°êªºº®·~¡n¡A 1 9 4 9 ¦~ ¡§A pesca na China e em Macau¡¨, 1949

¡m¸²µå¤ú»P¤¤°êÃÀ³N¡n¡A 1 9 5 0 ¦~ ¡§Portugal e a arte chinesa¡¨, 1950

¡m1 6 2 2 ¦~6 ¤ë2 4 ¤é¤§§Ð¡n¡A 1 9 5 0 ¦~ ¡§O ataque de 24 de Junho de 1622¡¨, 1950

¡m¿Dªùªº¤@®y¤¤¤å¹Ï®ÑÀ]¡n¡A 1 9 5 0 ¦~ ¡§Uma biblioteca de livros chineses em Macau¡¨, 1950

¡m¤w®ø¥¢ªº°¨¥æ¥Û§ø¡n¡A 1 9 5 0 ¦~ ¡§O extinto povoado de Macau-Seak¡¨, 1950
¡m¿Dªù¾ú¥vÀɮסn¡A 1 9 5 3 ¦~ ¡§Arquivo histˆurico de Macau¡¨, 1953
¡m¿Dªù¾ú¥v±°¼v¡n¡A 1 9 5 4 ¦~ ¡§Efemˆmrides da Histˆuria de Macau¡¨, 1954
¡m¿Dªùij¨Æ«F¡n¡A 1 9 5 5 ¦~ ¡§O Leal Senado da Camara de Macau¡¨, 1955
¡m¿Dªùij¨Æ«F¯S³\ª¬¡n¡A 1 9 5 7 ¦~ ¡§Regalias e privilˆmgios outrora concedidos a Macau¡¨, 1957
¡m©¹©õ½á¤©¿DªùªºÀu«Ý¤Î¯SÅv¡n¡A 1 9 5 7 ¦~ ¡§Regalias e privilˆmgios outrora concedidos a Macau¡¨, 1957
¡m³q¹L°¨¤»¥Òªº¸²µå¤ú»P¿DªùÃö«Y¡n¡A 1 9 6 0 ¦~ ¡§Relations between Portugal and Macau with Malaca¡¨, 1960
¡m¿Dªù¤â½Z¥Ø¿ý¡n¡A 1 9 65 ¦~ ¡§Catˆhlogo dos manuscritos de Macau¡¨,1965

¡m¿Dªù¾ú¥v½Ñ­¶¡n¡A 1 9 66 ¦~ ¡§Pˆhginas da Histˆuria de Macau¡¨, 1966
¡m¸²¤Hªì©è¤¤°ê¡n¡A 1 9 66 ¦~ ¡§Chegam os portugueses, pela primeira vez, ˆj China¡¨, 1966

¡m1 6 ¥@¬ö¸²µå¤ú¦b¤¤°ê¥_¤èªºµu¼È¶T©ö¡n¡A 1 9 6 7 ¦~ ¡§Efˆmmero comˆmrcio portuguˆ§s, no sˆmc. XVI, na China do Norte¡¨, 1967
¡m¨â¦¸»ºµØ¨Ï©Rªº¥¢±Ñ¡n¡A 1 9 6 7 ¦~ ¡§O malogro de duas missoes ao Impˆmrio do Meio: a embaixada de Tomˆm Pires¡¨, 1967
¡m1 6 ¥@¬ö¸²µå¤ú¦bµØ¶T©ö¤§§¢©V¡n¡A 1 9 6 8 ¦~
¡m¿Dªù°_·½¤T²§»¡¡n¡A 1 9 6 9 ¦~ ¡§Teses, divertimentos sobre a origem da cidade de Macau¡¨, 1969

¡m¿Dªù¤§©l¡n¡A 1 9 6 9 ¦~ ¡§Os inˆqcios da cidade de Macau¡¨, 1969

¡m¿Dªù½Ñ¦W¡n¡A 1 9 6 9 ¦~ ¡§Diversos nomes de Macau¡¨, 1969

¡m¹ï¦è¯Z¤ú¥DÅvªº©Ó»{¤Î¿Dªù¥«¤§©l¡n¡A 1 9 7 0 ¦~ ¡§Reconhecimento da soberania castelhana e o inˆqcio do municˆqpio macaense¡¨, 1970
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°ª¬ü¤hµÛ§@®iÄý¥Ø¿ý Catˆhlogo de exposicoes das obras de Luˆqs Gonzaga Gomes
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